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Cavalo diagnosticado com mormo sofre eutanásia em Santa Maria

Jaiana Garcia

O cavalo diagnosticado com mormo, em agosto deste ano, que vivia estabulado nas cocheiras da sede campestre do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sentinela da Querência, em Camobi, recebeu eutanásia na sexta-feira. Em nota, o CTG afirma que os exames realizados em 28 de setembro, em laboratórios de Porto Alegre e Recife (PE), deram positivo novamente. Ainda de acordo com a nota, na última quinta-feira, a juíza responsável pelo caso revogou a liminar que impedia o sacrifício do animal até que a contraprova do exame ficasse pronta. Na sexta-feira, portanto, a Inspetoria Veterinária esteve na sede para cumprir a decisão e realizou a eutanásia. 

Depois de cinco anos, Santa Maria volta a registrar caso de mormo em equino

O proprietário do animal, um cavalo de 15 anos conhecido como Coió, diz que não foi comunicado da decisão e que, no mesmo dia da morte, ligou para o tratador de animais da sede para saber notícias do equino. 

- Na sexta, por volta das 20h30min, eu liguei para ver como o Coió estava. O tratador disse que estava tudo bem, mas percebi que ele ficou sem graça. Às 21h30min, o patrão do CTG me ligou avisando que a eutanásia teria sido feita às 13h e que o animal já havia sido enterrado. Eu queria me despedir, ninguém me comunicou nada - afirma Alberto Luiz Mônego, que esteve no sábado se despedindo de Coió (foto ao lado). 

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Mônego afirma que a sentença só será publicada nesta segunda-feira e que, a partir da publicação, ainda teria 15 dias para recorrer da decisão. A intenção era realizar o exame para o mormo na Alemanha, já que, segundo ele, os exames realizados no Brasil são falhos. 

LAUDOS SEMANAIS
Na última quarta-feira, a médica veterinária Jordana Beal, responsável por Coió, emitiu um laudo técnico afirmando que o animal se encontrava em "bom estado físico e está em estado de alerta". Coió estava isolado desde que o primeiro exame deu positivo para a doença. Os laudos veterinários eram realizados semanalmente, por ordem judicial. 

O CTG Sentinela da Querência garantiu que os outros 40 animais estabulados na sede serão testados para o mormo.

- O CTG não é parte do processo. O proprietário apenas locava uma baia na nossa sede. Nós lamentamos muito a morte. Eu estive no local no dia da eutanásia apenas porque foi solicitado pela Inspetoria Veterinária a presença de alguém da patronagem, mas achei que o advogado do proprietário já sabia da revogação da liminar - explica o patrão do Sentinela da Querência, Renato Bissaqui.

Santa Maria não tinha casos positivos da doença há cinco anos. 

Confira a nota do CTG Sentinela da Querência:

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